O setor da saúde tem sido impactado pela tendência crescente da digitalização, acelerado pela COVID-19.
Na mais recente edição do Future Enterprise Show, Gabriel Coimbra, Group VP & Country Manager da IDC e Fernando Bação, Professor Catedrático Nova IMS, juntaram-se a Luís Vaz Henriques, IT/IS Diretor na Lusíadas Saúde para uma conversa sobre os principais desafios deste setor e a sua experiência na área da tecnologia.
Os desafios da Saúde na relação com as TI
Neste 37º episódio, Luís Vaz Henriques fez uma retrospectiva de vida, focando-se nos momentos mais marcantes, e falou sobre a sua educação enquanto seminarista. A educação severa e a marca deixada pela sua família, foram os principais aspetos que determinaram o seu futuro. As artes marciais como o Karaté, deram-lhe a tranquilidade necessária juntamente com a música, o seu escape em momentos mais desafiantes.
No âmbito profissional, destaca a sua chegada a Lisboa, aos 18 anos. O encontro com o professor Legatheaux, pai da Internet em Portugal, assim como outras referências na Faculdade de Ciências com as quais se cruzou durante este processo, ajudaram na sua evolução. Mais tarde, já no Técnico, fez investigação em Inteligência Artificial, terminando a sua formação no ISEG, onde materializou a sua pós-graduação, mestrado e parte do doutoramento.
Em conjunto, estas foram as principais experiências que ajudaram a definir o seu percurso profissional até à sua função atual como IT/IS Diretor na Lusíadas Saúde, sempre com base na sua crença de que “um bom líder não é aquele que lidera sozinho, mas sim aquele que tem uma grande equipa e consegue criar nela emoções positivas e oferecer um bom ambiente de trabalho”.
A Saúde versus os outros setores
Recordando a sua passagem pela Caixa Geral de Depósitos, onde passou pelas grandes transformações da banca, desde o ponto de vista de redes a base de dados, participou na criação das primeiras experiências de crescimento das tecnologias em Portugal, como por exemplo o primeiro portal de internet de homebanking.
No final da década de 90, com o boom tecnológico, mudou-se para as consultoras, onde descobriu que as telecomunicações iam ser o futuro das tecnologias, entrando posteriormente para a PT.
Foi em 2013 que surgiu a oportunidade de saltar para a área da saúde, o setor que considera mais desafiante do ponto de vista da tecnologia. O principal motivo para esta mudança ocorre pela necessidade de garantir que os sistemas não falham, dado que se tratam de vidas humanas.
Quanto ao futuro acredita que a nanotecnologia e a microtecnologia poderão trazer mais-valias a este setor evitando, por exemplo “a realização de cirurgias como as que hoje em dia se conhecem”.
Os temas da Inteligência Artificial, Blockchain, Agile, “Arqueologia das organizações” e Dados também foram abordados nesta conversa, numa perspetiva da evolução tecnológica.
No final, Luís Henriques ainda falou sobre os seus livros de eleição, com três sugestões de leitura, totalmente distintas: “Vive o suficiente para viver para sempre”, de Ray Kurzweil, “O sonho de Polifilo” e um conjunto de 13 livros sobre a geração Ptolemaica.
Fonte: IDC Portugal
