#36 Future Enterprise Show com Teresa Girbal

Em 2021 a IDC lançou o Future Enterprise Show, uma iniciativa conjunta com a Nova IMS, em parceria com a Nexllence, com o objetivo partilhar as melhores práticas ao nível da Transformação Digital.

Future Enterprise é a visão da IDC para uma organização resiliente, ágil, inovadora e capaz de escalar numa economia cada vez mais global, conectada e assente em plataformas digitais. Cada episódio resume uma conversa com uma personalidade de destaque na Transformação ou Criação de uma Future Enterprise. 

Do setor da banca ao setor das telecomunicações, Fernando Bação, Professor Catedrático Nova IMS, e Gabriel Coimbra, Group VP & Country Manager da IDC, conduzem os episódios deste podcast que já conta com 36 edições e convidados de excelência. 

Nesta trigésima sexta edição receberam Teresa Girbal, vice-presidente e CIO da eSPap.  

Teresa Girbal está atualmente a transformar uma grande organização pública, mas a sua carreira começou alguns anos antes: “… Tenho uma carreira variada e que me tem dado muito prazer.” E que características justificam o porquê desta carreira, foi o que procurámos saber… “Sou uma pessoa muito curiosa, que adora aprender e por isso a minha carreira tem sido essencialmente baseada nessas premissas.”  

Teresa Girbal já passou por várias empresas multinacionais e está, desde há quatro anos, na Administração Pública (AP) “A aprender uma realidade nova, muito diferente das multinacionais com as quais trabalhei, mas também ela muito rica”

Esta responsável acredita que, nos dias de hoje, a AP “… Mudou radicalmente porque o mundo também mudou” , desde logo com a pandemia: “um fator de enorme mudança nas organizações”.  

E entre essas diferenças está a necessidade de abraçar o teletrabalho: “Na AP era quase residual há quatro anos e nem era visto com bons olhos. Mas quando fomos para casa, os serviços tiveram de continuar e a AP teve de tomar decisões e funcionar por via de um modelo distinto”. Atualmente, grande parte das organizações já vê “… o trabalho remoto ou híbrido como algo totalmente normal”.  

Mas Teresa Girbal acredita que nem todas as soluções adotadas terão futuro já que, por exemplo, “… digitalizar processos presenciais no digital não faz sentido”.  

A responsável da eSPap lembra, no entanto, que “Vão ser usados os melhores recursos da AP para tornar os processos eficientes. Demos um salto grande, provocado pela realidade que vivemos, e que será aproveitado porque a aprendizagem já foi feita”.  

E o futuro? 

No mesmo sentido, os próximos cinco anos podem ser perspetivados com esperança: “O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é uma oportunidade única para a transformação digital da AP pelo volume de financiamento e pelo tempo que temos para implementar; há um tempo reduzido e há aqui um grande foco na execução e na implementação.”  

E, embora saiba que este “Será um trabalho difícil de concretizar” por falta de “Recursos e competências, que são muito escassos”, a oportunidade “Não se pode perder”, assegura.  

Um dos grandes obstáculos a ultrapassar nesta caminhada diz respeito aos hábitos culturais enraizados: “Temos de pensar de forma diferente do que temos feito até agora. Atualmente, o cidadão não espera das 9 às 5 para ter um serviço disponível e esta cultura em mudança é uma das partes mais difíceis.” 

Mas mudar significa também adotar novas tecnologias à medida que vão surgindo. Teresa Girbal falou de algumas das mais importantes como as que suportam a gestão dos dados “… porque a AP tem imensos dados do cidadão e a sua gestão eficaz e a transparência são fundamentais”. 

A Inteligência Artificial é outra das áreas “… que também vai ter mais força dentro da AP porque não podemos continuar a crescer apenas em recursos e a robotização é algo que tem de ser potenciado para se poder acabar com tarefas mais repetitivas e tornar a AP mais eficiente, mais atual e mais ágil”. Finalmente, Teresa Girbal fala ainda de clara relevância da cloud“Outra ferramenta absolutamente crítica para a AP porque dá uma flexibilidade enorme”.  

Antes de terminar a conversa, a responsável da eSPap deixou ainda uma agradável sugestão de leitura para as férias – “Os senhores de Roma”, de Colleen McCullough – e um conselho a todos quantos estão agora na encruzilhada para escolher o seu futuro profissional: “Fazerem aquilo que gostam mais, experimentarem e não terem medo de mudar de ideias. Sugiro ainda paciência e moderação para dar oportunidade e ver se as escolhas que fizeram são, realmente, aquelas que mais gostam. Nada na vida se faz apenas com pontos altos.” 

Fonte: IDC Portugal 

Share

Subscribe our newsletter

Don’t miss any bit of the future of HealthTech

By clicking you are agreeing to our Privacy Policy.

Don’t miss any bit of the future of Technology